segunda-feira, 29 de dezembro de 2014



“Veja que bugre só pega desvios, não anda em estradas. Pois é nos desvios que encontra as melhores surpresas e os araticuns maduros.”

- Manoel de Barros

Pega desvio quem conhece bem a estrada. Uma estrada encurta o tempo, pois facilita a chegada. Para quem tem pressa representa um benefício, mas para quem quer apreciar a natureza, a estrada atrapalha, pois esconde lindas paisagens e encantos naturais. Tudo depende do foco de quem olha. Na cidade acontece algo semelhante, os veículos facilitam a locomoção, mas só descobre seus encantos peculiares quem se aventura a andar a pé. Em nossa vida é assim também, podemos fazer as coisas com pressa e terminar logo, ou fazer com dedicação e carinho e assim aprender muitas coisas novas. Tudo depende de nossa necessidade e maneira de ver.

Nota: bu.gre: (Bras.) Indivíduo dos bugres, povo indígena que habita o S. do Brasil. Designação genérica dada ao índio, esp. O bravio ou aguerrido; indivíduo rude, inculto.




Compadece-te do teu vizinho
Talvez não seja amigo íntimo,
No entanto, conforma a necessidade
Agirá junto de ti, qual se te
fosse um parente próximo.

(Livro: Compaixão; Médium: Francisco Cândido Xavier espírito: Emmanuel; Cáp. XIV)

quarta-feira, 21 de maio de 2014



“À beira de um precipício só há uma maneira de andar para frente: é dar um passo atrás”.
Michel Eyquem de Montaigne, 1533-1592.


Quem se apega aos detalhes corre o risco de não ver o todo. Antigamente, antes de constatarem que a terra é redonda, acreditava-se que se alguém seguisse em apenas uma direção, um dia acabaria caindo em um grande precipício cósmico. Hoje sabemos que para atingir um ponto, temos no mínimo duas formas de acesso: a curta, indo em frente, ou a mais longa, dando a volta no globo.

Assim, o recuo estratégico nem sempre é sinal de fraqueza, mas pode ser um grande passo à frente de quem está vendo o “todo”.

quinta-feira, 15 de maio de 2014


“Nunca a alma humana surge tão forte e nobre como quando renuncia à vingança e ousa perdoar uma ofensa”.
E.H.Chapin, 1814-1880.

O melhor bem que fazemos a nós mesmos é não permitir que, de um dia para o outro, permaneça em nosso coração qualquer ressentimento. O perdão virou objeto de estudo e descobriu-se que 50% das doenças são evitadas quando a pessoa não guarda rancor ou angústia
(Yale University, 2004)
O perdão é tão nobre que está contido na oração do Pai-Nosso, “perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos”, ou seja, seremos perdoados na razão direta de nosso perdão. Só quem é muito orgulhoso é que guarda mágoas no coração. Quem aprendeu a perdoar e não guardar rancor, seu semelhante é suave e seu espírito é alegre,


segunda-feira, 5 de maio de 2014


“A primeira vítima da falta de temperança é a própria liberdade”.
Lucius Annaeus Sêneca, filósofo estóico romano 4 a.C. – 65 d.C.


A pior escravidão é quando se é escravo de si mesmo. A palavra temperança vem do latim temperantia, que quer dizer a qualidade ou virtude de quem tem o poder de moderar os apetites e as paixões; parcimônias; sobriedade. Nosso organismo tem necessidades básicas, dentre elas a de beber e alimentar-se, mas tudo na medida certa. Assim, beber em demasia pode tornar a pessoa dependente ou escravo da bebida, da mesma forma a comida fora de controle pode tornar a pessoa escrava do apetite.

Logo, a virtude da temperança é como um fiel de balança que nos orienta para estabelecermos um equilíbrio em nossos apetites e paixões, para que haja a harmonia em nossa vida.